Por José Joacir dos Santos
A pandemia da Covid-19 fez uma devassa na vida de terapeutas iniciantes, antigos e também daqueles negligentes. Quem não estava firme no propósito não conseguiu manter consultórios e atividades de atendimento terapeutico, cursos, seminaries etc. A queda no número de clientes e alunos também foi grande. Afetou financeiramente todo mundo, inclusive os falsificadores de certificados e cursos. A partir de 2024 a vida começa a se estabilizar para muitos, embora a Covid vá e volte em alguns lugares. É preciso ter coragem para se levantar. Muitas pessoas faleceram porque chegou a hora ou por embarcar no grupo da negação.
A Terapia Floral foi muito afetada, inclusive a produção de florais. É muito difícil um (a) terapeuta floral se manter se não tiver um segundo emprego ou uma estrutura física montada como imóvel próprio para atendimento. O aluguel dos espaços é o que mais pesa no orçamento de todos os terapeutas. Os novos terapeutas tem que ter em mente que uma profissão se constroi vagarosamente. Já vi casos de terapeutas que se formam, numa e noutra profissão, achando que no dia seguinte vão ter filas de clientes para o atendimento. É a mesma coisa para quem ministra cursos. Não funciona assim.
Especialmente na area das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde o tempo é fundamental para o (a) terapeuta se tornar conhecido (a). Embora haja muitas formas de divulgação, a mais eficiente delas é boca a boca, isto é, um (a) cliente indica outro (a).
A ASTEFLOR, como outras associações, sofreu muito com a inadimplência desde a Covid-19. Infelizmente, há terapeutas que não compreendem que entidades associativas têm compromissos financeiros obrigatórios para se manter vivas. Somos nós por nós mesmos. Recentemente a Receita Federal obrigou às entidades associativas a ter contadores e isso pesou demais na conta bancária de todas as entidades associativas. Não sei se foi uma necessidade ou simplesmente mais um ataque às entidades associativas das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde. Mesmo na legalidade, alguns grupos corporativos não perdem uma oportunidade de tentar diminuir a importância das associações e sequer mencionam que as Práticas Integrativas são também de saúde.
É hora de voltar. De pensar com clareza. Fortalecer as entidades. Contribuir apra a saúde mental das pessoas. Terapia é saúde mental!
Encorajo fortemente a todos os terapeutas a se filiarem e a manter suas filiações. Se ainda há dificuldades financeiras, conversem com as entidades da classe. Afinal, conversa é a chave para os nossos atendimentos. Se não fosse a coragem, a ASTEFLOR não estaria viva, vivíssima, há mais de 20 anos. Junte-se a nós e seremos mais fortes. O país, mais do que nunca, precisa, além de terapeutas, lembrar que há muitos tipos de medicina e as Práticas Integrativas e Complementares de Saúde são um excelente e vigoroso exemplo.